quarta-feira, 10 de outubro de 2012

William Shakespeare

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

O amor é dos suspiros a fumaça; 
puro, é fogo que os olhos ameaça; 
revolto, um mar de lágrimas de amantes... 
Que mais será? 
Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.

Consiste a monstruosidade do amor...
Em ser infinita a vontade, e limitados
os desejos, e ato escravo do limite...

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia.

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